A recusa em desistir
Não sei o seu nome mas reconheço bem a sua história. O meu marido decidiu que já não me amava quando estava no quarto mês de gravidez do nosso segundo filho e após 8 anos de casada. Saiu de casa no dia seguinte! Dor insuportável, desilusão... fiquei desesperada, como ia aguentar viver sem ele, com um filho na barriga e outro que chorava por ele? Já passou ano e meio, não lhe posso dizer que é ou foi fácil e tb não passou de um dia para o outro mas o tempo ajuda, acredite! Não desista de si nem dos seus filhos, nunca! Uma das coisas que me deu força foi pensar que os meus filhos (principalmente o mais velho), estava sempre a ver-me triste e eu não queria que ele sofresse mais, por eles ponho um sorriso e esforço-me a cada dia. E se me permite um conselho não arraste a situação, quanto mais tempo estiver a conviver lado a lado com alguém que sabe que não a ama, só vai estar a adiar, a adiar o principio da sua cura. Desejo-lhe o melhor e não desista de si!
Escolhi este comentário porque talvez seja o que melhor pode ajudar a nossa amiga com quem temos vindo a conversar, sim porque este canto é isso mesmo, uma conversa que mantemos eu, quem aqui deixa relatos da sua vida, e os outros que trazem experiências e palavras de apoio.
A ultima mensagem da leitora que nos expôs os eu problema, é de uma tristeza tão grande, de um desnorte tal, que preferi dar a palavra à Cristina, na expectativa que ela encontre aqui a força de alguém que já viveu a mesma situação.
Tantos comentários aos meus textos com tanta gente infeliz!
Mas a realidade é que vivemos rodeados por gente só e despedaçada a quem a grande cidade condena ao silêncio.
Nasci com uma revolta dentro de mim. É coisa que me faz dizer não a tudo e a todos os que não me respeitam. Pode demorar muito tempo mas um dia, corto para sempre, como se o outro ou outra tivesse morrido.
Não aceitem que alguém tenha tal poder sobre vós que possa determinar a vossa vida.
Somos mais do que isto, somos capazes de muito.
Basta tentar, um passo de cada vez!