E nós por cá, todos bem!
E a esquizofrenia das campanhas eleitorais já começou! É um rol de promessas e mais promessas que não podem deixar de nos fazer sorrir. Ainda ontem o Governo anunciou uma rede nacional de creches para apoio aos jovens casais. Espantoso! Ao fim de quatro anos, afinal temos dinheiro! Quanto aos outros partidos, cada programa eleitoral que leio traz-me à cabeça as últimas eleições, onde por exemplo o PS jurou a pés juntos que não subia os impostos e depois foi das primeiras medidas que tomou enquanto Governo. Coitaditos, não sabiam os números reais do descalabro em que o País estava. Agora imaginem quem ganhar! É que, para além da nossa eterna crise, apanhámos a crise mundial. Estou mesmo a ver a Manuela Ferreira Leite a descobrir outro buracão! O Bloco de Esquerda diverte-me imenso. Aliás, é o seu papel, o de apregoar aos altos gritos que "o rei vai nu". Mas o cheiro a poder já penetrou nas hostes e se por um lado estão cada vez mais arrogantes, começam-se também a notar as brechas entre as tropas. O PSD apresentou um programa de governo facilmente compreensível. Desde que não tentemos perceber de onde vem o dinheiro para tudo aquilo. Em entrevista na televisão, Mota Pinto, um dos principais responsáveis pelo dito programa, considerou que comparar as promessas do combate à corrupção com o facto de dois dos principais membros da lista a deputados que por acaso são arguidos em processo, uma provocação! O PCP mantém a cassete e o CDS consegue a proeza de cobrir Lisboa com cartazes que podiam muito bem ser do Bloco! Pergunto o que irá acontecer quando as eleições terminarem e voltarmos à normalidade. Porque o País está preso por fios. Vejam a velocidade furiosa das obras que estão por todo o lado, vejam que, afinal, até já saímos da recessão. Quando acabar o folclore e voltarmos à normalidade, a vida vai ser muito mais difícil, independentemente de quem ganhar.
in Destak 01 | 09 | 2009