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Luísa Castel-Branco

Afinal quem fala verdade?

Luísa Castel-Branco, 03.11.09

 

As notícias sobre a gripe A são cada dia mais alarmantes. Seria pois de pensar que os grupos de risco, profissionais de saúde e os restantes grupos considerados prioritários tomassem de imediato a vacina acabada de chegar a Portugal.

Mas tal não acontece, bem pelo contrário. As recusas em tomar a dita vacina vêem de todo o lado: Médicos e enfermeiros, políticos.
E entre uma lista cada dia mais longa de doentes infectados, lá aparecem, também todos os dias, nos jornais e nas televisões, pessoas que julgamos saberem do que falam, a afiançar que a dita vacina é perigosa.

Mas, afinal, em que é que ficamos?

A Organização Mundial de Saúde é ou não o organismo máximo para poder validar, o que já fez, a vacina?

Surgem também notícias de que alguns países do Norte da Europa teriam retirado a vacina.

Mas, no dia seguinte, lá surgiram desmentidos, desta vez em letras bem mais pequeninas.

E perante tudo isto o que devem as portuguesas grávidas, as mães com crianças de alto risco (como é o caso da asma), os doentes crónicos?

Se a ministra fala, logo aparece alguém a levantar suspeitas da qualidade do produto.

Das duas uma, ou a gripe A se transformou em mais uma das várias facetas da guerrilha política, ou então todos nós agradecíamos que, de uma vez para sempre, decidissem se devemos ou não tomar a dita vacina.

 in Destak 03 | 11 | 2009