Peço desculpas uma vez mais
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O que os portugueses pensam sobre a classe política todos sabem.
O País parece dividir-se entre os que considera que "eles são todos iguais" e os outros, nomeadamente os jovens, que nem sabem quem são nem querem saber.
O que se passou no Parlamento, com a ausência de 30 deputados do PSD, foi mais uma boa ajuda.
Aliás, o PSD vem contribuído desde há muito não só para o descrédito da classe política mas e principalmente para esta noção de que como partido não é alternativa a coisa nenhuma. Surpreendidos com as sondagens que dão a maioria ao PS? Só quem estiver distraído, porque numa democracia em que não existe oposição o povo pensa que aquilo que tem é melhor do que nada.
A esperança da chegada de um novo D. Sebastião terminou com a geração que ainda estudava história, o que significa que já ninguém se recorda dessa imagem do salvador vindo das brumas.
O Bloco de Esquerda ultrapassa nas sondagens o Partido Comunista? Não são ventos de mudança. Apenas votos de descontentamento num partido que nunca poderá ser governo mas pode ser a consciência do regime (a dita esquerda do caviar e do champanhe!).
À direita, Paulo Portas, representante de um partido com meia dúzia de votantes, continua a não deixar passar uma oportunidade para atacar o Governo sem quaisquer consequências.
Quanto ao PSD, o nosso muito obrigada a todos os militantes que votaram Manuela Ferreira Leite pelo serviço prestado ao País. Pior era impossível.
No meio disto tudo, que se trame Portugal e a democracia!
O PSD fechou as portas e apenas quem por lá anda a brincar nos corredores da sede nacional ainda não deu por isso.
in Destak 09 | 12 | 2008
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Governar é difícil. Em qualquer circunstância e quando o mundo atravessa uma crise de proporções que ninguém imaginava, é óbvio que Portugal sofre ainda mais.
Mas, se os braços de ferro que as várias forças mantêm com o governo são uma manifestação de revolta contra as condições em que a maioria da população portuguesa vive, não é menos verdade que existe por parte de quem tem o poder uma atitude incompreensível, e que terá efeitos nefastos na futuro da democracia.
Tomemos o exemplo da luta dos professores. Sem tomar partido por um dos lados, a questão base é a seguinte: O Governo jurou a pés juntos que não recuaria, depois tivemos a maior manifestação que há memória. O Governo recuou. De seguida são os sindicatos que continuam irredutíveis e não aceitam as alterações. E o Governo volta a recuar.
Onde vai terminar esta saga? Fica tudo como dantes? Aceita-se a última proposta dos sindicatos e cada professor avalia-se a si mesmo? Ou adoptamos a medida de Alberto João Jardim?
Qualquer pessoa que tenha que educar um filho sabe que deve ter cuidado no que exige para se manter firme e não ceder.
Quando um jovem encontra um ponto fraco, quando descobre que é mesmo uma questão de levar os pais à saturação, vai conseguir tudo o que quiser.
Independentemente da razão ou não dos professores, um governo que recua perante as manifestações de rua, e não por considerar que estava errado, é um governo frágil.
Quem vem a seguir e repete este braço de ferro e o que vai o governo fazer?
in Destak 02 | 12 | 2008
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