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Luísa Castel-Branco

Boas Festas!

Luísa Castel-Branco, 26.12.09

 

22 | 12 | 2009  

Li numa notícia que os portugueses gastam tanto em presentes de Natal quanto os norte-americanos. Sinceramente, este tipo de notícias lembram-me as sondagens antes das eleições, que não acertam nunca. Exactamente como os estudos que aparecem sobre tudo e mais alguma coisa. Mas basta terem a chancela de uma Universidade, que temos a obrigação de acreditar que é verdade.

A semana passada era um douto professor que descobriu que o mal do ensino português está nos professores. E as explicações para a tese eram fantásticas! Claro que o douto professor nunca olhou para um manual escolar de qualquer disciplina, nem se deu ao trabalho de verificar que um professor agredido por um aluno, se apresentar queixa leva com um processo disciplinar do Ministério da Educação e fica com a progressão na car-reira congelada. Pelo menos era assim antes do "vira do Minho" que tem sido a saga das avaliações.

Mas tinha eu decidido escrever sobre o Natal, e vim parar aqui! Mas sempre é melhor do que falar sobre política, desemprego, fim da recessão anunciado pela Comunidade Europeia, que também não passa o Natal em Portugal porque percebia que isto está de mal a pior! Mas tenho para mim que afinal, até existem estudos verdadeiros.

Há anos li que uma Universidade tinha descoberto que as épocas de maior stress no ano, com aumento de suicídios, divórcios e outros cenários negros eram as férias e o Natal. A vida provou-me que é mesmo assim, sobreviver às Festas não é simples. Por tudo isto, termino desejando a todos enorme paciência e que mantenham no pensamento que o recurso à violência nunca é uma boa resposta. Juntos conseguiremos ultrapassar esta época tão bonita.

In Destak 22 | 12 | 2009

Entrevista ao Diário Digital

Luísa Castel-Branco, 26.12.09

 

 

Se eu percebe-se alguma coisa de computadores, para além do trivial, era capaz de colocar aqui esta entrevista que dei ao Diário Digital. Mas infelizmente, a minha aptidão para todo e qualquer tipo de maquinas é praticamente nula.

Aliás, confesso-vos que me sinto particularmente feliz por ser capaz de escrever no computador, ter aprendido a passar para a "pen" os textos, e conseguir manusear a Net bastante bem.

Mais do que isto, é chinês!

Bem que os meus filhos e outras almas caridosas me explicaram que esta maquina pode  fazer muito mais, coisas verdadeiramente prodigiosas.

Mas eu decidi há bastante tempo que só devo armazenar na minha memória o indispensável, por um lado, por outro lado, cada um tem as limitações que tem, deve reconhece-las e decidir o que fazer depois.

Prefiro mil vezes gastar o meu tempo a investigar na Biblioteca Nacional, ou na Net, do que gastá-lo com outras coisas.

Por exemplo, e aqui fica um alerta e respectivo pedido de desculpas a todos(e são muitos!): NÃO VALE A PENA ENVIAREM-ME AQUELAS COISAS DO FACEBOOK, E QUEJANDOS!

Não é por mal mas não tenho mesmo tempo para responder aos pedidos de amigos que não conheço de lado nenhum e depois, já me basta o complexo de culpa por não actualizar este blog.

Tudo isto para colocar aqui o link: http://diariodigital.sapo.pt/section.asp?section_id=185, com a dita entrevista.

 

 

 

Falta de educação

Luísa Castel-Branco, 15.12.09

 

Quando nos tornámos nisto? As imagens que surgem nas televisões, os artigos nos jornais colocam-nos perante uma histeria, um desenfreamento de palavras e atitudes impensáveis. De repente, o Parlamento tornou-se uma qualquer sala de aulas onde a indisciplina e a falta total de educação e respeito imperam. Talvez até nem seja verdade. Talvez só mesmo na primária se diz a um menino para "ter juizinho", ou se apela outro de "queixinhas". Só que estas palavras são do senhor primeiro-ministro e do presidente do CDS. Mas vamos saltar a menção aos palhaços, esquizofrénicos, "tias da linha de Cascais".

Vamos mesmo fingir que, por um dia apenas, não temos mais um cas15 | 12 | 2009  o de suspeita de corrupção, mais um lavar de roupa suja, só que não é da roupa da vizinha, não, é a roupa pendurada na Assembleia da República, no Governo, nos computadores do Presidente da República, no diz-que-diz e não disse dos mais altos magistrados, e a lista não acabava! Como chegámos aqui? Como é possível tudo ser aceite?

Bancos que ninguém supervisiona e que a ninguém se pede responsabilidades. Gestores despedidos que recebem indemnizações fabulosas, a Quimonda que, afinal, passadas as eleições, vai despedir toda a gente! Não faltará muito para os nossos queridos políticos chegarem a vias de facto, tal como as imagens que nos chegam dos países da América Latina, onde o pugilato é comum. Caminhas alegremente para o abismo, mas o que interessa é que é Natal e o Benfica até está a jogar bem!

 

   in Destak 15 | 12 | 2009  

Silêncio...

Luísa Castel-Branco, 02.12.09

 

 

Chorei-te tanto que o Tejo transbordou sem que ninguém entende-se porquê.
As colinas de Lisboa começaram a verter aguas e toda a gente a procurar as fontes, por entre os prédios, os automóveis e a calçada que veste a cidade.
Os dias ficaram baços, pesados, e as pessoas sentiram no peito a mesma dor que eu sentia, como se a pujança deste sofrimento fosse maior do que a própria mãe natureza.
Chorei-te dias a fio e depois parei.
Parei de chorar. Parei de pensar. Parei de viver.
E quando ontem te encontrei na rua, e trocamos palavras de circunstância e me disseste quão bem eu estava, o meu rosto sorriu, tenho a certeza, arredei delicadamente uma madeixa de cabelo que teimava em cobrir-me o rosto, o vento lambia-nos aos dois, conversamos sobre o vento e a chuva.
Estou segura que acreditaste que era eu que ali estava. Aliás toda a gente acredita. É absurdamente fácil fingir que estamos vivos.